Esta primeira fase trabalha a inclusão (dos mais tímidos em outras atividades que não os expõem), a expressão corporal (sensibilidade para colocar a alma para recitar um poema) em uma atividade lúdica.
Após cada leitura, com notas atribuidas secretamente pela comissão de julgamento, o professor explora a interpretação do texto. Poetas costumam dizer uma coisa, querendo dizer outra, fazem uso de metáforas, ironia, conduzem o leitor para um caminho e terminam surpreendendo. A análise em grupo dos textos poéticos é um instrumento efetivo para incentivar a leitura e o analfabetismo funcional. É também um exercício para se construir uma ideia a partir de sugestões diferentes. Há uma compreensão sutil, na prática, dos benefícios de conviver com as diferenças.
O professor deve preparar o ambiente antes da aula: prender o varal e pendurar os poemas, para promover o elemento surpresa. Assim, os alunos não criam nenhuma resistência ou defesa para o evento.
Assim que chegam na sala, os participantes são incentivados a escolherem um poema para declamar diante dos demais. Trata-se de uma experiência inclusiva porque os mais tímidos podem participar de outras atividades, como por exemplo, integrar a comissão de julgamento.
Os colegas destacados para esta atividade vão julgar as melhores performances. Várias organizações e centros de ensino utilizam a gamificação para criar uma competição sadia no ambiente.
Tudo deve estar bem organizado para não desestimular a turma.
Esta iniciativa didática consegue incluir a Literatura no rol dos interesses dos alunos, de maneira consistente. Todos nós lembramos das atividades mais divertidas da infância. O dinamismo desta oficina consegue obter um nível de aprendizado maiior do que em uma semana de aula convencional.
Além disso, melhora o vocabulário, quando o professor trabalha as palavras mais difíceis, procura sinônimos, combate o analfabetismo funcional, que muitas vezes acompanha o aluno até a universidade. Ler e trabalhar o senso crítico, interpretar, envolver o aluno nesse estudo.
O trabalho ainda aborda outras formas do aluno se sobressair, sem uso de violência, de assumir riscos perigosos. Afinal, aceitação, ser admirado é uma das necessidades humanas. (Maslow)